Torcicolo Congênito é uma patologia que acomete um dos lados do pescoço de bebês recém nascidos. A origem desse problema está relacionada ao músculo Esternocleidomastoideo (ECM), podendo ocorrer um espasmo no mesmo quando o bebê ainda está dentro do útero.

Isso leva a uma inclinação da cabeça na direção do ombro do mesmo lado e uma rotação da face e queixo para o lado oposto. Algumas vezes, ocorre uma fibrose unilateral neste músculo (ECM) e isso é importante, pois a contratura desse músculo pode dificultar o crescimento da coluna cervical de forma simétrica, levando à diminuição da amplitude de movimento do pescoço.

O bebê com Torcicolo Congênito começa a adotar posturas de cabeça e pescoço viciosas, muitas vezes mantendo-a para um dos lados (dorme, mama, permanece com a cabeça sempre virada para o mesmo lado e quando é estimulado a virar a cabeça para o lado oposto, normalmente chora, demonstrando desconforto).

Caso o bebê apresente esses sintomas, um pediatra deverá ser procurado inicialmente, pois o não acompanhamento adequado pode levar a Assimetria Craniana (Plagiocefalia, Braquicefalia, Escafocefalia), podendo mais tarde ser necessário o uso da Órtese Craniana – Capacete. Outra questão é que, se não tratado com a fisioterapia motora, isso poderá levar a problemas posturais durante o desenvolvimento motor, como por exemplo, as Escolioses.

Além disso, também pode levar a alterações visuais devido ao não alinhamento adequado da cabeça.

A partir do diagnóstico confirmado, a fisioterapia motora deverá ser iniciada com técnicas específicas que utilizamos em nosso espaço e com resultados bastante satisfatórios.

Na maioria dos casos, o tratamento leva em torno de 3 a 6 meses, com uma frequência de 2 a 3 vezes por semana.

Antes do início das sessões de fisioterapia, é realizada avaliação técnica, como:

1. Nível do estágio motor que o bebê se encontra;
2. Grau de tensão do Músculo Esternocleidomastóideo;
3. Observar as limitações da Amplitude de movimento da cabeça e ombros;
4. Avaliação postural da cabeça em relação ao tronco e quadril;
5. Avaliação funcional da visão, pois às vezes a inclinação da cabeça pode vir associada a uma questão visual.